Wiki Wacka
Advertisement

Predefinição:Info nobreza

Vitória do Reino Unido (Londres, 24 de Maio de 1819East Cowes, 22 de Janeiro de 1901), oriunda da Casa de Hanôver, foi rainha do Reino Unido de 1837 até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. A incorporação da Índia ao Império Britânico em 1877 conferiu a Vitória o título de Imperatriz da Índia.

Vitória era filha do príncipe Eduardo, duque de Kent e Strathearn, o quarto filho do rei Jorge III. Tanto o duque de Kent como o rei morreram em 1820, fazendo com que Vitória fosse criada sob a supervisão da sua mãe alemã, a princesa Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld. Herdou o trono aos dezoito anos, depois de os três tios paternos terem morrido sem descendência legítima. O Reino Unido era já uma monarquia constitucional estabelecida, na qual o soberano tinha relativamente poucos poderes políticos directos. Em privado, Vitória tentou influenciar o governo e a nomeação de ministros. Em público tornou-se um ícone nacional e a figura que encarnava o modelo de valores rigorosos e moral pessoal.

Casou-se com o seu primo direito, o príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, em 1840. Os seus nove filhos e vinte e seis dos seus quarenta e dois netos casaram-se com outros membros da realeza e famílias nobres por todo o continente europeu, unindo-as entre si, o que lhe valeu a alcunha de "a avó da Europa". Após a morte de Alberto em 1861, Vitória entrou num período de luto profundo durante o qual evitou aparecer em público. Como resultado do seu isolamento, o republicanismo ganhou força durante algum tempo, mas na segunda metade do seu reinado, a popularidade da rainha voltou a aumentar. Os seus jubileus de ouro e diamante foram muito celebrados pelo público.

O seu reinado de 63 anos e 7 meses foi o mais longo, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar no Reino Unido e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Vitória foi a última monarca da casa de Hanôver. O seu filho e sucessor, o rei Eduardo VII, pertencia à nova casa de Saxe-Coburgo-Gota.

Antecedentes[]

Arquivo:Charlotte AugustaByRichardWoodmam.jpg

Princesa Carlota de Gales.

Em 1817, a princesa Carlota Augusta de Gales morreu ao dar à luz um natimorto, causando uma crise de sucessão no Reino Unido.[1] Carlota era a única filha do Príncipe Regente (futuro Jorge IV, filho mais velho de Jorge III do Reino Unido, que agia como regente devido à doença do pai) e da esposa renegada, Carolina de Brunswick.[2] O nascimento fora tido como milagroso visto que alegadamente os pais não tiveram relações sexuais mais de três vezes durante o casamento, daí que o nascimento de um eventual outro filho do príncipe Jorge fosse, no mínimo, improvável.[3]

Assim, a linha directa de sucessão ao trono britânico foi subitamente extinta. Jorge III tinha 12 filhos, mas nenhum neto legítimo que pudesse herdar a coroa. As cinco filhas eram solteiras ou estéreis e nenhum dos filhos era casado, à excepção do segundo, Frederico, duque de York, que também não tinha filhos.[4]

Este acontecimento provocou uma "corrida" ao casamento por parte dos príncipes solteiros.[5] O terceiro filho, Guilherme, Duque de Clarence casou com a princesa Adelaide de Saxe-Meiningen. Deste matrimónio resultaram duas filhas, Carlota (1819) e Isabel (1820), ambas mortas antes dos dois anos,[6] e vários abortos espontâneos, o último de gémeos em 1821, depois do qual se tornou óbvio que não teriam mais filhos.[7]

O quarto filho do Jorge III, Eduardo, Duque de Kent casou por sua vez com Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld, viúva do duque de Leiningen e mãe de dois filhos, Carlos e Feodora, que era também irmã de Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gota, viúvo da princesa Carlota Augusta. Deste casamento nasceu em 1819 uma menina, baptizada Alexandrina Vitória. Depois das sucessivas mortes das primas Clarence, do pai apenas alguns meses depois e já em 1830 de Jorge IV, Vitória tornou-se herdeira presumível do trono britânico.[5]

Ascendência[]

Predefinição:Ahnentafel início Predefinição:Ahnentafel-compact5 Predefinição:Ahnentafel fim

Nascimento e família[]

Arquivo:Princess Victoria aged Four.jpeg

Vitória aos quatro anos de idade.

O pai de Vitória, o príncipe Eduardo, duque de Kent, casou-se com a mãe dela, a princesa Vitória, no dia 30 de Maio de 1818, no Palácio de Ehrenburg, em Coburgo. Para que não houvesse dúvidas sobre a validade deste casamento, foi realizada uma segunda cerimónia, em Inglaterra, no Palácio de Kew, no dia 11 de Junho do mesmo ano, no mesmo dia em que o irmão mais velho, o príncipe Guilherme, se casou com a princesa Adelaide de Saxe-Meiningen.[5]

O pai da futura rainha já estava bastante endividado antes do casamento, mas depois a sua situação económica começou a agravar-se ainda mais. Como Eduardo discordava das visões políticas do seu irmão, o príncipe-regente, este recusou-se a ajudá-lo e, por isso, os pais de Vitória tiveram de deixar Inglaterra e passaram a viver na Alemanha.[5] Poucas semanas depois, Vitória soube que estava grávida e o duque percebeu imediatamente a importância que tinha o facto de a criança nascer em Inglaterra, por isso, com a ajuda de alguns amigos, conseguiu juntar dinheiro suficiente para a viagem quando a duquesa já estava grávida de sete meses. Chegaram ao seu destino no dia 24 de Abril de 1819 e instalaram-se no Palácio de Kensington.[5] Foi aí que a futura rainha Vitória nasceu, um mês depois, no dia 24 de Maio, às quatro e um quarto da manhã.[8]

Foi baptizada numa cerimónia privada no dia 24 de Julho pelo arcebispo da Cantuária, Charles Manners-Sutton, no salão da cúpula no Palácio de Kensington. Os seus padrinhos foram o czar Alexandre I da Rússia (representado na cerimónia pelo seu tio, o duque de Iorque), o seu tio, o príncipe-regente, a sua tia, a rainha Carlota de Württemberg (representada pela princesa Augusta) e a avó materna de Vitória, a duquesa-viúva de Saxe-Coburgo-Saalfeld (representada pela princesa Maria, duquesa de Gloucester e Edimburgo). Os seus pais quiseram chamá-la Vitória Jorgina Alexandrina Carlota Augusta, mas o irmão mais velho do duque, o príncipe-regente, insistiu que três dos nomes desaparecessem. Então acabou por ser baptizada apenas de Alexandrina Vitória, em honra do czar Alexandre I e da sua mãe.[9]

Vitória estava no quinto lugar de sucessão, a seguir ao seu pai e aos seus três irmãos mais velhos.[10] O príncipe-regente estava separado da sua esposa e a esposa do duque de Iorque, a princesa Frederica Carlota da Prússia, tinha cinquenta e dois anos, por isso não havia muitas hipóteses de os filhos mais velhos do rei terem herdeiros. Ambas as filhas nascidas ao duque de Clarence (em 1819 e 1820) tinham morrido antes dos dois anos de idade. O avô e o pai de Vitória morreram em 1820, com apenas uma semana de diferença e o duque de Iorque morreu em 1827. Após a morte do rei Jorge IV em 1830, Vitória tornou-se herdeira presumível do seu tio Guilherme IV do Reino Unido. O Acto de Regência de 1830 incluía uma clausula especial que tornava a duquesa de Kent, mãe de Vitória, regente caso Guilherme morresse antes de a princesa atingir a maioridade.[11] O rei Guilherme desconfiava da capacidade da duquesa em ser regente e, em 1836, declarou na sua presença que queria viver até ao 18.º aniversário de Vitória para que fosse evitada uma regência.[12]

Herdeira ao trono[]

Arquivo:Alfred Edward Chalon00.jpg

Vitória em 1838.

Mais tarde na sua vida, Vitória descreveria a sua infância como "bastante melancólica".[13] A sua mãe era muito protectora e, por isso, Vitória teve uma educação isolada, longe de outras crianças da sua idade, seguindo o chamado "Sistema Kensington", um conjunto de regras e protocolos elaborados desenvolvido pela duquesa e o seu mordomo ambicioso e dominador, Sir John Conroy, que, segundo alguns rumores, possivelmente falsos, era amante da duquesa.[14] O sistema impedia-a de se encontrar com pessoas que a sua mãe e Conroy considerassem indesejáveis (um grupo que incluía grande parte da família do seu pai), e estava direccionado no sentido de a tornar fraca e dependente deles.[15] A duquesa evitava a corte pois chocava-se com o facto de esta ser frequentada pelos filhos ilegítimos do rei,[16] e talvez para mostrar a moralidade de Vitória insistindo que a sua filha evitasse qualquer forma de indecência sexual.[17] Vitória partilhava o quarto com a sua mãe, estudava com tutores privados seguindo um horário regular e passava as suas horas de lazer a brincar com as suas bonecas e um king charles spaniel chamado Dash.[18] Aprendeu francês, alemão, italiano e latim,[19] mas falava inglês em casa.[20]

Em 1830, a duquesa de Kent e Conroy levaram Vitória até ao centro de Inglaterra para visitar Malvern Hills, parando em várias aldeias e grandes casas de campo pelo caminho.[21] Em 1832, 1833, 1834 e 1835 foram feitas viagens semelhantes. Para grande irritação do rei Guilherme, Vitória foi recebida com muito entusiasmo em todas as paragens.[22] Guilherme considerou que estas digressões reflectiam uma ambição de realeza e temia que as pessoas começassem a ver Vitória como sua rival em vez de a verem como sua herdeira.[23] Vitória não gostava destas viagens. A ronda constante de aparições públicas deixava-a cansada e doente e tinha pouco tempo para descansar.[24] A princesa acabaria por se opor a elas, argumentando que não agradavam ao rei, mas a sua mãe ignorou as suas queixas por ciumes e forçou a filha a continuar.[25] Enquanto estava em Ramsgate, em Outubro de 1835, Vitória apanhou uma febre grave, mas Conroy ignorou-a, afirmando que as suas queixas não passavam de fingimentos infantis.[26] Enquanto Vitória estava doente, Conroy e a duquesa tentaram fazer com que ela nomeasse Conroy como seu secretário privado, mas a princesa recusou.[27] Enquanto adolescente, Vitória resistiu a muitas tentativas persistentes por parte da sua mãe e Conroy para nomeá-lo para seu funcionário.[28] Quando se tornou rainha, acabou por bani-lo da sua presença, mas Conroy manteve-se na casa da sua mãe.[29]

Arquivo:Franz Xaver Winterhalter Queen Victoria.jpg

A Rainha Vitória enquanto jovem.

Em 1836, o irmão da duquesa, Leopoldo, que se tinha tornado rei dos belgas em 1831, começou a fazer planos para casar a sua sobrinha Vitória com o seu sobrinho Alberto de Saxe-Coburgo-Gota.[30] Leopoldo, a mãe de Vitória e o pai de Alberto (o duque Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota) eram irmãos. Leopoldo convenceu a sua irmã a convidar os seus parentes de Coburgo para a visitarem em Maio de 1836, com o objectivo de apresentar Vitória a Alberto.[31] Contudo, Guilherme IV não aprovava nenhum tipo de união de membros da sua família com os Coburgos e teria preferido ver a sua sobrinha casada com o príncipe Alexandre dos Países Baixos, segundo filho do príncipe de Orange.[32] Vitória sabia dos vários planos de casamento e dava a sua opinião sobre a parada de príncipes elegíveis que lhe iam sendo apresentados.[33] Segundo o seu diário, Vitória sempre gostou da companhia de Alberto. No fim da visita, escreveu: "[Alberto] é extremamente bonito, o seu cabelo é da mesma cor do meu, os seus olhos são grandes e azuis e tem um lindo nariz e uma boca muito doce com bons dentes. Mas o charme do seu rosto é a sua expressão, que é muito agradável."[34] Por outro lado, achava Alexandre "muito simples".[35]

Vitória escreveu ao seu tio Leopoldo, que sempre considerou o seu "melhor e mais gentil conselheiro",[36] para lhe agradecer pela "expectativa de grande felicidade para a qual contribuiu na pessoa do querido Alberto (...) ele tem todas as qualidades que seriam desejáveis para me deixar perfeitamente feliz. É tão sensível, tão gentil, e tão bom e amoroso. Além do mais tem o exterior mais agradável e encantador que se pode ter."[37] Contudo, aos dezessete anos, apesar de estar interessada em Alberto, Vitória não estava pronta para se casar. Os dois lados não avançaram com um noivado formal, mas assumiram que a união iria acontecer a seu tempo.[38]

Primeiros anos de reinado[]

Arquivo:Victoriatothrone.jpg

Vitória recebe a notícia da sua ascensão ao trono.

Vitória fez dezoito anos a 24 de Maio de 1837, tendo-se evitado assim uma regência. No dia 20 de Junho de 1837, Guilherme IV morreu aos setenta e um anos de idade e Vitória tornou-se rainha do Reino Unido. No seu diário escreveu: "Fui acordada às seis da manhã pela mamã que me disse que o Arcebispo da Cantuária e Lord Conyngham estavam aqui e queriam ver-me. Saí da cama e fui até à minha salinha-de-espera (vestida só com a minha camisa de dormir), sozinha, e vi-os. Lord Conyngham informou-me depois que o meu pobre tio, o rei, já não existia, e tinha dado o seu último fôlego doze minutos depois das duas da manhã e, consequentemente, sou rainha."[39] Os documentos oficiais do seu primeiro dia de reinado referiram-se a ela como Alexandrina Vitória, mas o primeiro nome foi retirado a pedido da rainha e não voltou a ser usado.[40]

Desde 1714 que o soberano da Grã-Bretanha tinha também partilhado o trono com o reino de Hanôver, na Alemanha, mas como este tinha em vigor uma lei sálica que impedia a sucessão de mulheres ao trono, Vitória não o pôde herdar, passando para o irmão mais novo do seu pai, o seu tio mal-visto, o duque de Cumberland e Teviotdale, que se tornou no rei Ernesto Augusto I de Hanôver. Foi também ele o seu herdeiro presumível até ela se casar e ter um filho.[41]

Arquivo:Victoria in her Coronation.jpg

Vitória na sua coroação.

Na altura em que sucedeu ao trono, o governo era liderado por um primeiro-ministro liberal, Lord Melbourne, que se tornou numa forte influência para Vitória que não tinha experiência política e contava com ele para pedir conselhos.[42] Charles Greville achava que o viúvo Melbourne, que nunca tinha tido filhos, "gostava muito dela, como gostaria de uma filha se tivesse tido alguma", e é provável que Vitória também o visse como uma figura paternal.[43] A sua coroação aconteceu no dia 28 de Junho de 1838 e Vitória tornou-se na primeira soberana a residir no Palácio de Buckingham.[44] Herdou as propriedades dos ducados de Lancaster e Cornualha e passou a receber 385.000 libras por ano. Sendo prudente a nível financeiro, conseguiu pagar as dívidas do seu pai.[45]

No inicio do seu reinado, Vitória foi popular,[46] mas a sua reputação sofreu um duro golpe durante uma intriga da corte em 1839 quando a barriga de uma das damas-de-companhia da sua mãe, Lady Flora Hastings, começou a crescer anormalmente, causando rumores de que esta tinha engravidado, fora do casamento, de Sir John Conroy.[47] Vitória acreditou nos rumores.[48] Odiava Conroy e desprezava "aquela odiosa Lady Flora"[49], uma vez que esta tinha conspirado com Conroy e a duquesa de Kent no sistema Kensington.[50] A princípio, Lady Flora recusou submeter-se a um exame médico nua, mas em meados de Fevereiro finalmente cedeu e descobriu-se que ela ainda era virgem.[51] Conroy, a família Hastings e os conservadores organizaram uma campanha na imprensa afirmando que a rainha tinha ajudado a espalhar rumores falsos sobre Lady Flora.[52] Quando Lady Flora morreu em Julho, a autópsia revelou que ela tinha um grande tumor no fígado e tinha sido essa a causa do crescimento da barriga.[53] Em aparições públicas, Vitória era assobiada e chamada de "Mrs. Melbourne".[54]

Em 1839, Melbourne demitiu-se quando os radicais e os conservadores (Vitória odiava ambos os partidos) votaram contra uma lei que suspendia a constituição da Jamaica. A lei retirava poder político aos donos de plantações que estavam a resistir à abolição da escravatura.[55] A rainha deu ordens a um conservador, Sir Robert Peel, para formar um novo governo. Nesta altura era normal o primeiro-ministro nomear membros da casa real, que eram normalmente os seus aliados políticos e patrocinadores. Muitas das damas-de-quarto da rainha eram esposas de liberais e Peel esperava conseguir substitui-las por esposas de conservadores. Durante aquela que ficou conhecida como a crise do quarto, Vitória, aconselhada por Melbourne, foi contra a sua substituição. Peel recusou-se a governar com as restrições impostas pela rainha e acabou por se demitir, deixado que Melbourne voltasse ao seu antigo cargo.[56]

Arquivo:Grant, Portrait of Queen Victoria.jpg

Grant, Portrait of Queen Victoria

Casamento[]

Arquivo:Victoria Marriage01.jpg

Casamento da rainha Vitória com o príncipe Alberto.

Apesar de ser rainha, Vitória tinha de continuar a viver com a sua mãe com quem não se dava bem por causa do sistema Kensington e da sua dependência contínua em Conroy, simplesmente pelo facto de ser solteira.[57] A sua mãe vivia em aposentos afastados no Palácio de Buckingham e Vitória recusava-se a vê-la muitas vezes.[58] Quando a rainha se queixou a Melbourne, dizendo-lhe que a proximidade da mãe lhe tinha causado "tormento durante muitos anos", o primeiro-ministro simpatizou com ela, mas disse que tal podia ser evitado com um casamento, algo a que Vitória chamou de "uma alternativa chocante".[59] Estava interessada na educação que Alberto estava a receber para o preparar para o seu futuro papel como seu marido, mas resistiu a apressar o casamento.[60]

Vitória continuou a elogiar Alberto após a sua segunda visita a Inglaterra em Outubro de 1839. Alberto e Vitória gostavam um do outro e a rainha pediu-o em casamento no dia 15 de Outubro de 1839, apenas cinco dias depois da sua chegada a Windsor.[61] Casaram-se a 10 de Fevereiro de 1840, na Capela Real do Palácio de St. James, em Londres. Vitória estava completamente apaixonada. Passou a primeira noite de casamento de cama com uma dor de cabeça, mas escreveu no seu diário:

"NUNCA, NUNCA passei uma noite assim!!! O MEU QUERIDO, QUERIDO, QUERIDO Alberto (...) o seu grande amor e afecto fizeram-me sentir num paraíso de amor e felicidade que nunca pensei alguma vez sentir! Segurou-me nos seus braços e beijamo-nos uma e outra e outra vez! A sua beleza, a sua doçura e gentileza - como posso agradecer vezes suficientes ter um marido assim! (...) ser chamada por nomes ternurentos, que nunca me chamaram antes - foi uma bênção inacreditável! Oh! Este foi o dia mais feliz da minha vida!"[62]

Alberto tornou-se um conselheiro político importante, bem como o companheiro da rainha, substituindo Lord Melbourne como a figura dominante e influente na primeira metade da sua vida.[63] A mãe de Vitória foi despejada do palácio e enviada para Ingestre House em Belgrave Square. Após a morte da princesa Augusta em 1840, a mãe de Vitória recebeu as casas de Clarence e Frogmore.[64] Com a ajuda de Alberto, a relação entre mãe e filha começou a melhorar aos poucos.[65]

Durante a primeira gravidez de Vitória em 1840, nos primeiros meses de casamento, Edward Oxford, então com dezoito anos, tentou assassiná-la quando estava numa carruagem com o príncipe Alberto a caminho da casa da mãe. Oxford disparou duas vezes, mas ambas as balas falharam o alvo. Foi julgado por alta traição e considerado culpado, mas foi depois libertado por se considerar que estava louco.[66] Depois do incidente, a popularidade de Vitória aumentou, fazendo com que a crise do quarto fosse esquecida.[67] A sua primeira filha, que também recebeu o nome Vitória, nasceu no dia 21 de Novembro de 1840. A rainha detestava estar grávida,[68] achava que a amamentação era repugnante,[69] e achava que os recém-nascidos eram feios.[70] Mesmo assim ainda viria a ter mais oito filhos com Alberto.

A casa de Vitória era maioritariamente governada por aquela que tinha sido a sua governanta durante a sua infância, a baronesa Louise Lehzen. Lehzen tinha tido uma grande influência em Vitória,[71] e tinha-a apoiado contra o sistema Kensington.[72] Contudo, Alberto achava que Lehzen era incompetente e que o seu desgoverno ameaçava a saúde da sua filha. Após uma zanga entre Vitória e Alberto por causa deste assunto, Lehzen foi reformada e a sua relação próxima com Vitória acabou.[73]

Descendência[]

  1. Dulcie M. Ashdown, Victoria and the Coburgs (Londres, U.K.: Robert Hale, 1981), pág. 38.
  2. Hugh Montgomery-Massingberd (editor), Burke's Royal Families of the World, Volume 1: Europe & Latin America (Londres, U.K.: Burke's Peerage Ltd, 1977), pág. 40
  3. Williams, Kate (2008). Becoming Queen Victoria. Nova York: Ballantine Books. ISBN 978-0-345-46195-7. pág. 24
  4. Alison Weir, Britain's Royal Family: A Complete Genealogy (Londres, U.K.: The Bodley Head, 1999), pág. 286.
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 Van Der Kiste, John, Childhood at Court 1819-1914, Sutton Publishing, 1995, pág. 2
  6. Alison Weir, Britain's Royal Family: A Complete Genealogy (Londres, U.K.: The Bodley Head, 1999), pág. 302.
  7. Ziegler, Philip (1971). King William IV. London: Collins. ISBN 0-00-211934-X, pp.126–127
  8. Hibbert, pp. 3–12; Strachey, pp. 1–17; Woodham-Smith, pp. 15–29
  9. Hibbert, pp. 12–13; Woodham-Smith, pp. 34–35
  10. Longford, p. 24
  11. Hibbert, p. 31; St Aubyn, p. 26; Woodham-Smith, p. 81
  12. Hibbert, p. 46; Longford, p. 54; St Aubyn, p. 50; Waller, p. 344; Woodham-Smith, p. 126
  13. Hibbert, p. 19; Marshall, p. 25
  14. Hibbert, p. 27; Longford, pp. 35–38, 118–119; St Aubyn, pp. 21–22; Woodham-Smith, pp. 70–72
  15. Hibbert, pp. 27–28; Waller, pp. 341–342; Woodham-Smith, pp. 63–65
  16. Hibbert, pp. 32–33; Longford, pp. 38–39, 55; Marshall, p. 19
  17. Lacey, Robert (2006) Great Tales from English History, Volume 3, Londres: Little, Brown, and Company, ISBN 0-316-11459-6, pp. 133–136
  18. Waller, pp. 338–341; Woodham-Smith, pp. 68–69, 91
  19. Hibbert, p. 18; Longford, p. 31; Woodham-Smith, pp. 74–75
  20. Longford, p. 31; Woodham-Smith, p. 75
  21. Hibbert, pp. 34–35
  22. Hibbert, pp. 35–39; Woodham-Smith, pp. 88–89, 102
  23. Hibbert, p. 36; Woodham-Smith, pp. 89–90
  24. Hibbert, pp. 35–40; Woodham-Smith, pp. 92, 102
  25. Hibbert, pp. 38–39; Longford, p. 47; Woodham-Smith, pp. 101–102
  26. Hibbert, p. 42; Woodham-Smith, p. 105
  27. Hibbert, p. 42; Longford, pp. 47–48; Marshall, p. 21
  28. Hibbert, pp. 42, 50; Woodham-Smith, p. 135
  29. Marshall, p. 46; St Aubyn, p. 67; Waller, p. 353
  30. Longford, pp. 29, 51; Waller, p. 363; Weintraub, pp. 43–49
  31. Longford, p. 51; Weintraub, pp. 43–49
  32. Longford, pp. 51–52; St Aubyn, p. 43; Weintraub, pp. 43–49; Woodham-Smith, p. 117
  33. Weintraub, pp. 43–49
  34. Weintraub, p. 49 and Marshall, p. 27
  35. Hibbert, p. 99; St Aubyn, p. 43; Weintraub, p. 49 and Woodham-Smith, p. 119
  36. St Aubyn, p. 36 and Woodham-Smith, p. 104
  37. Hibbert, p. 102; Marshall, p. 60; Waller, p. 363; Weintraub, p. 51; Woodham-Smith, p. 122
  38. Waller, pp. 363–364; Weintraub, pp. 53, 58, 64, and 65
  39. St Aubyn, pp. 55–57; Woodham-Smith, p. 138
  40. Woodham-Smith, p. 140
  41. Packard, pp. 14–15
  42. Hibbert, pp. 66–69; St Aubyn, p. 76; Woodham-Smith, pp. 143–147
  43. Greville citado em Hibbert, p. 67; Longford, p. 70 and Woodham-Smith, p. 143–144
  44. St Aubyn, p. 69; Waller, p. 353
  45. Hibbert, p. 58; Longford, pp. 73–74; Woodham-Smith, p. 152
  46. Marshall, p. 42; St Aubyn, pp. 63, 96
  47. Marshall, p. 47; Waller, p. 356; Woodham-Smith, pp. 164–166
  48. Hibbert, pp. 77–78; Longford, p. 97; St Aubyn, p. 97; Waller, p. 357; Woodham-Smith, p. 164
  49. Woodham-Smith, p. 162
  50. St Aubyn, p. 96; Woodham-Smith, pp. 162, 165
  51. Hibbert, p. 79; Longford, p. 98; St Aubyn, p. 99; Woodham-Smith, p. 167
  52. Hibbert, pp. 80–81; Longford, pp. 102–103; St Aubyn, pp. 101–102
  53. Longford, p. 122; Marshall, p. 57; St Aubyn, p. 104; Woodham-Smith, p. 180
  54. Hibbert, p. 83; Longford, pp. 120–121; Marshall, p. 57; St Aubyn, p. 105; Waller, p. 358
  55. St Aubyn, p. 107; Woodham-Smith, p. 169
  56. Hibbert, pp. 94–96; Marshall, pp. 53–57; St Aubyn, pp. 109–112; Waller, pp. 359–361; Woodham-Smith, pp. 170–174
  57. Longford, p. 84; Marshall, p. 52
  58. Longford, p. 72; Waller, p. 353
  59. Woodham-Smith, p. 175
  60. Hibbert, pp. 103–104; Marshall, pp. 60–66; Weintraub, p. 62
  61. Hibbert, pp. 107–110; St Aubyn, pp. 129–132; Weintraub, pp. 77–81; Woodham-Smith, pp. 182–184, 187
  62. Hibbert, p. 123; Longford, p. 143; Woodham-Smith, p. 205
  63. St Aubyn, p. 151
  64. Hibbert, p. 265, Woodham-Smith, p. 256
  65. Marshall, p. 152; St Aubyn, pp. 174–175; Woodham-Smith, p. 412
  66. Hibbert, pp. 421–422; St Aubyn, pp. 160–161
  67. Woodham-Smith, p. 213
  68. Hibbert, pp. 130; Longford, p. 154; Marshall, p. 122; St Aubyn, p. 159; Woodham-Smith, p. 220
  69. Hibbert, p. 149; St Aubyn, p. 169
  70. Hibbert, p. 149; Longford, p. 154; Marshall, p. 123; Waller, p. 377
  71. Woodham-Smith, p. 100
  72. Longford, p. 56; St Aubyn, p. 29
  73. Hibbert, pp. 150–156; Marshall, p. 87; St Aubyn, pp. 171–173; Woodham-Smith, pp. 230–232
  74. Marlene A. Eilers, Queen Victoria's Descendants (Baltimore, Maryland: Genealogical Publishing Co., 1987), pág. 147.
  75. Rogaev, Evgeny I. et al. (2009) "Genotype Analysis Identifies the Cause of the 'Royal Disease'", Science, vol. 326, no. 5954, p. 817, doi:10.1126/science.1180660,
  76. Potts and Potts, pp. 55–65, quoted in Hibbert p. 217; Packard, pp. 42–43
  77. Jones, Steve (1996) In the Blood, BBC documentary
  78. McKusick, Victor A. (1965) "The Royal Hemophilia", Scientific American, vol. 213, p. 91; Jones, Steve (1993) The Language of the Genes, Londres: HarperCollins, ISBN 0-00-255020-2, p. 69; Jones, Steve (1996) In The Blood: God, Genes and Destiny, London: HarperCollins, ISBN 0-00-255511-5, p. 270; Rushton, Alan R. (2008) Royal Maladies: Inherited Diseases in the Royal Houses of Europe, Victoria, Colúmbia Britânica: Trafford, ISBN 1-4251-6810-8, pp. 31–32
  79. Hemophilia B (Factor IX), National Hemophilia Foundation.
  80. Hibbert, pp. 422–423; St Aubyn, pp. 162–163
  81. Hibbert, p. 423; St Aubyn, p. 163
  82. Longford, p. 192
  83. St Aubyn, p. 164
  84. Marshall, pp. 95–101; St Aubyn, pp. 153–155; Woodham-Smith, pp. 221–222
  85. Woodham-Smith, p. 281
  86. Longford, p. 359
  87. "Famine Queen row in Irish port", BBC News, 15 de Abril de 2003.
  88. Kinealy, Christine, Private Responses to the Famine, University College Cork
  89. Longford, p. 181
  90. Kenny, Mary (2009) Crown and Shamrock: Love and Hate Between Ireland and the British Monarchy, Dublin: New Island, ISBN 190549498X
  91. St Aubyn, p. 215
  92. St Aubyn, p. 238
  93. Longford, pp. 175, 187; St Aubyn, pp. 238, 241; Woodham-Smith, pp. 242, 250
  94. Woodham-Smith, p. 248
  95. Hibbert, p. 198; Longford, p. 194; St Aubyn, p. 243; Woodham-Smith, pp. 282–284
  96. Hibbert, pp. 201–202; Marshall, p. 139; St Aubyn, pp. 222–223; Woodham-Smith, pp. 287–290
  97. Hibbert, pp. 161–164; Marshall, p. 129; St Aubyn, pp. 186–190; Woodham-Smith, pp. 274–276
  98. Longford, pp. 196–197; St Aubyn, p. 223; Woodham-Smith, pp. 287–290
  99. Longford, p. 191; Woodham-Smith, p. 297
  100. St Aubyn, p. 216
  101. Hibbert, pp. 196–198; St Aubyn, p. 244; Woodham-Smith, pp. 298–307
  102. Hibbert, pp. 204–209; Marshall, pp. 108–109; St Aubyn, pp. 244–254; Woodham-Smith, pp. 298–307
  103. Hibbert, pp. 216–217; St Aubyn, pp. 257–258
  104. Matthew, H. C. G.; Reynolds, K. D. (2004; edição online de Outubro de 2009) "Victoria (1819–1901)", Oxford Dictionary of National Biography, Oxford University Press,
  105. Hibbert, pp. 217–220; Woodham-Smith, pp. 328–331
  106. Hibbert, pp. 227–228; Longford, pp. 245–246; St Aubyn, p. 297; Woodham-Smith, pp. 354–355
  107. Reynolds, K. D. (2004; edição online de Outubro de 2009) "Victoria (1819–1901)", Oxford Dictionary of National Biography, Oxford University Press
  108. Woodham-Smith, pp. 357–360
  109. 1855 visit of Queen Victoria, Château de Versailles
  110. Hibbert, pp. 241–242; Longford, pp. 280–281; St Aubyn, p. 304; Woodham-Smith, p. 391
  111. Hibbert, p. 242; Longford, p. 281; Marshall, p. 117
  112. Napoleon III Receiving Queen Victoria at Cherbourg, 5 de Agosto de 1858, National Maritime Museum
  113. Longford, pp. 259–260; Weintraub, pp. 326 ff.
  114. Longford, p. 263; Weintraub, pp. 326, 330
  115. Hibbert, p. 244
  116. Hibbert, p. 267; Longford, pp. 118, 290; St Aubyn, p. 319; Woodham-Smith, p. 412
  117. Hibbert, p. 267; Marshall, p. 152; Woodham-Smith, p. 412
  118. Hibbert, pp. 265–267; St Aubyn, p. 318; Woodham-Smith, pp. 412–413
  119. Waller, p. 393; Weintraub, p. 401
  120. Hibbert, p. 274; Longford, p. 293; St Aubyn, p. 324; Woodham-Smith, p. 417
  121. Longford, p. 293; Marshall, p. 153; Strachey, p. 214
  122. Hibbert, pp. 276–279; St Aubyn, p. 325; Woodham-Smith, pp. 422–423
  123. Hibbert, pp. 280–292; Marshall, p. 154
  124. Hibbert, p. 299; St Aubyn, p. 346
  125. St Aubyn, p. 343
  126. e.g. Strachey, p. 306
  127. Marshall, pp. 170–172; St Aubyn, p. 385
  128. Hibbert, p. 310; Longford, p. 321; St Aubyn, pp. 343–344; Waller, p. 404
  129. Hibbert, p. 310; Longford, p. 322
  130. Hibbert, pp. 323–324; Marshall, pp. 168–169; St Aubyn, p. 356–362
  131. Hibbert, pp. 321–322; Longford, pp. 327–328; Marshall, p. 170
  132. Hibbert, p. 329; St Aubyn, pp. 361–362
  133. General Election Results 1885-1979. United Kingdom Election Results (www.election.demon.co.uk), Visitado em 2 de Maio de 2011.
  134. Hibbert, pp. 311–312; Longford, p. 347; St Aubyn, p. 369
  135. St Aubyn, pp. 374–375
  136. Marshall, p. 199; Strachey, p. 299
  137. Hibbert, p. 318; Longford, p. 401; St Aubyn, p. 427; Strachey, p. 254
  138. Buckle, George Earle; Monypenny, W. F. (1910–20) The Life of Benjamin Disraeli, Earl of Beaconsfield, vol. 5, p. 49,
  139. Hibbert, p. 320; Strachey, pp. 246–247
  140. Longford, p. 381; St Aubyn, pp. 385–386; Strachey, p. 248
  141. St Aubyn, pp. 385–386; Strachey, pp. 248–250
  142. Longford, p. 385
  143. Hibbert, p. 343
  144. Hibbert, pp. 343–344; Longford, p. 389; Marshall, p. 173
  145. Hibbert, pp. 344–345
  146. Hibbert, p. 345; Longford, pp. 390–391; Marshall, p. 176; St Aubyn, p. 388
  147. Hibbert, pp. 426–427; St Aubyn, pp. 388–389
  148. Hibbert, p. 427; Marshall, p. 176; St Aubyn, p. 389
  149. Hibbert, pp. 249–250; Woodham-Smith, pp. 384–385
  150. Woodham-Smith, p. 386
  151. 151,0 151,1 Hibbert, p. 251; Woodham-Smith, p. 386
  152. Hibbert, p. 361; Longford, p. 402; Marshall, pp. 180–184; Waller, p. 423
  153. Hibbert, p. 361; Longford, pp. 405–406; Marshall, p. 184; St Aubyn, p. 434; Waller, p. 426
  154. Waller, p. 427
  155. Longford, p. 425
  156. 156,0 156,1 Longford, p. 426
  157. Longford, pp. 412–413
  158. Longford, p. 411
  159. Hibbert, pp. 367–368; Longford, p. 429; Marshall, p. 186; St Aubyn, pp. 442–444; Waller, pp. 428–429
  160. Longford, p. 437
  161. Hibbert, p. 420; St Aubyn, p. 422
  162. Hibbert, p. 420; St Aubyn, p. 421
  163. Hibbert, pp. 420–421; St Aubyn, p. 422; Strachey, p. 278
  164. Hibbert, p. 427; Longford, p. 446; St Aubyn, p. 421
  165. Longford, pp. 451–452
  166. Longford, p. 454; St Aubyn, p. 425; Hibbert, p. 443
  167. Hibbert, pp. 443–444; St Aubyn, pp. 425–426
  168. Hibbert, pp. 443–444; Longford, p. 455
  169. Hibbert, p. 444; St Aubyn, p. 424; Waller, p. 413
  170. Longford, p. 461
  171. Longford, pp. 477–478
  172. Hibbert, p. 373; St Aubyn, p. 458
  173. Waller, p. 433; see also Hibbert, pp. 370–371 and Marshall, pp. 191–193
  174. Hibbert, p. 373; Longford, p. 484
  175. Hibbert, p. 374; Longford, p. 491; Marshall, p. 196; St Aubyn, pp. 460–461
  176. # F. W. S. Craig, British Electoral Facts: 1832-1987
  177. Queen Victoria, Royal Household
  178. Marshall, pp. 210–211; St Aubyn, pp. 491–493
  179. Longford, p. 502
  180. Hibbert, pp. 447–448; Longford, p. 508; St Aubyn, p. 502; Waller, p. 441
  181. Hibbert, pp. 448–449
  182. Hibbert, pp. 449–451
  183. Hibbert, p. 447; Longford, p. 539; St Aubyn, p. 503; Waller, p. 442
  184. Hibbert, p. 454
  185. Hibbert, p. 382
  186. Hibbert, p. 375; Longford, p. 519
  187. Hibbert, p. 376; Longford, p. 530; St Aubyn, p. 515
  188. Hibbert, p. 377
  189. Hibbert, p. 456
  190. Longford, p. 546; St Aubyn, pp. 545–546
  191. Hibbert, pp. 457–458; Marshall, pp. 206–207, 211; St Aubyn, pp. 546–548
  192. Hibbert, p. 436; St Aubyn, p. 508
  193. Hibbert, pp. 437–438; Longford, pp. 554–555; St Aubyn, p. 555
  194. Longford, p. 558
  195. Hibbert, pp. 464–466, 488–489; Strachey, p. 308; Waller, p. 442
  196. Hibbert, p. 492; Longford, p. 559 and St Aubyn, p. 592
  197. Hibbert, p. 492
  198. Longford, p. 561; St Aubyn, p. 598
  199. 199,0 199,1 Matthew, H. C. G.; Reynolds, K. D. (2004; online edition October 2009) "Victoria (1819–1901)"
  200. Hibbert, p. 497; Longford, p. 563
  201. St Aubyn, p. 598
  202. Longford, p. 563
  203. Hibbert, p. 498
  204. Predefinição:Findagrave
  205. Longford, p. 565; St Aubyn, p. 600
  206. "The Official Website of the British Royal Family - Saxe-Coburg-Gotha", Visitado a 7 de Maio de 2011
  207. Hibbert, p. xv; St Aubyn, p. 340
  208. St Aubyn, p. 30; Woodham-Smith, p. 87
  209. Hibbert, pp. 503–504; St Aubyn, p. 30; Woodham-Smith, pp. 88, 436–437
  210. Hibbert, p. 503
  211. Hibbert, pp. 503–504; St Aubyn, p. 624
  212. Hibbert, pp. 61–62; Longford, pp. 89, 253; St Aubyn, pp. 48, 63–64
  213. Marshall, p. 210; Waller, pp. 419, 434–435, 443
  214. Waller, p. 439
  215. St Aubyn, p. 624
  216. e.g. Hibbert, p. 352; Strachey, p. 304; Woodham-Smith, p. 431
  217. Waller, p. 429
  218. Bagehot, Walter (1867) The English Constitution, London:Chapman and Hall, p. 103
  219. St Aubyn, pp. 602–603; Strachey, pp. 303–304; Waller, pp. 366, 372, 434
  220. Erickson, Carolly (1997) Her Little Majesty: The Life of Queen Victoria, New York: Simon & Schuster, ISBN 0-7432-3657-2
  221. Jerry Vermilye, The Great British Films, pp. 39–41, 1978, Citadel Press, ISBN 080650661X
  222. "The Mudlark", IMDb. Visitado a 2 de Maio de 2011
  223. Mrs. Brown. IMDb. Visitado a 2 de Maio de 2011
  224. "Eras of Elegance - Victoria and Albert (2001)". Visitado a 6 de Maio de 2011
  225. "The Young Victoria", IMDb. Visitado a 2 de Maio de 2011
  226. "Blackadder's Christmas Carol"
Advertisement